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Expedição de Caiaque para a Reserva do Sebuí

Quinta-feira me bateu a ideia de fazer um expedição no Parque Nacional da Serra do Itajaí, e comecei a convidar uns amigos...

Nesses convites recebi várias respostas negativas e uma delas era a da Denise que já tinha aventura marcada.

Então perguntei se eu e a Sil não poderia fazer parte da empreitada e conversa vai e conversa vem, sexta a tarde estávamos embarcando para Paranaguá para fazer a Expedição de canoagem até a Reserva do Sebuí.




Eu não conhecia nem por nome a reserva. Mas só sabia que estava na região do LARGAMAR onde já fiz trip de bike e gostaria de fazer caiaque. Em Paranaguá, fomos recebido pelo Jeferson do Clube Santa Rita Adventure, onde deixamos nossos caiaques. E em seguida fomos pernoitar na casa do Adriano do Clube Os Pamonhas, onde nos recebeu com muito carinho e hospitalidade em sua residência. Adriano está montando um Motorhome e me apresentou o tão falado. Está ficando animal, mais um pouquinho ele termina e estará pronto para as Aventuras!Após isso ficamos batendo um papinho e logo veio o que interessava!!! Abastecemos o tanque devorando umas pizzas, e logo após caímos em nossas camas para dormir 2 horas e meia. Levantamos as 3am de sábado, tomamos café e às 5:30am estávamos na água. Tínhamos vários barcos na água. Tínhamos uma Canoa Havaiana para 12 remadores. Maior parte do Clube os Pamonhas de Curitiba. Tínhamos remadores locais em oceânicos duplos de competição, 2 Canoas Havaina Simples(de um remador), onde esses teoricamente iriam até o Sebuí e voltar no mesmo dia. Mas também tínhamos a equipe dos oceânicos que ia pernoitar em alguma praia deserta e fazer o mesmo percurso, só que em dois dias. Bom, nessa equipe, estávamos eu e a Sil num caiaque duplo de expedição com muita carga, Denise com um oceânico simples, Marcelo e Stê num duplo e Mineiro com Danila em outro. Saímos do cais e se juntamos com todo pessoal e fomos rumo à missão. Eu e a Sil fomos remando na finaleira, vendo os navios de carga que estavam chegando ao porto. Já dentro da baía, avistamos botos(golfinho de água doce), guarás (aves avermelhadas locais), e a linda paisagem de ilhas e montanhas ao fundo.

Depois de passar a Ilha das Cobras, tivemos um acidente. Um caiaque se encheu de água e começou a afundar. Então Mineiro e Danila se prontificaram para ajudar. E Eu e a Sil fomos avisar os outros que tínhamos problemas, e encontraríamos eles na Ilha do Mel. Então foi o que fizemos, avisamos e fomos para Ilha do Mel esperar Danila e Mineiro. Chegamos lá e a Dê tentou contato via telefone, mas nada adiantou. Encontramos um canoísta lenda Guto Merkle que estava viajando de caiaque com mais 2 amigos a 12 dias saindo da Barra do Turvo que estava aguardando chegar uma lancha para atravessar para chegar na Praia do Pontal. Eles estavam bem cansados e estava perigoso a travessia de caiaque naquele local.


Enfim, demos tchau para nosso amigo e falamos com um pescador que disse que avistou dois caiaques num barco sendo transportados. Então resolvemos ir para a Ilha das Peças, pois o pescador falou que foram naquela direção.Nesse momento era uma travessia boa. Com vendo na diagonal contra com umas ondas de meio metro.

Chegando lá, uma parte da galera já tinha parado por ali e iriam voltar. E Também reencontramos nossos parceiros de equipe, Mineiro e Danila. Ao tentar resgatar o outro barco eles viraram o deles, e na alegria passou um barqueiro e conseguiram uma carona. Assim chegaram ali na Ilha das Peças. Bom, de volta a aventura, fomos com a equipe que ia acampar, eram só nós 7 de agora em diante. Na primeira vila de ribeirinhos avistamos a Canoa Havaina de 12 remadores estacionada e sabíamos que eles tinham ido de barco até a reserva. Depois dali, remamos mais 10km e chegamos em outra vila chamada Tibicanga onde fomos muito bem recebido por uma família que nos deixou acampar em frente a casa deles que era de frente para o rio/canal. Essa remada foi de 50km. Foi meio estranho, pois me falaram em 40km, mas no fim deu 50km de tanto a gente ter desviado rota. Mas eu estava feliz. Longão de primeira com um plus de 10km!! Em Tibicanga fomos visitados pelos nossos amigos da Canoa Havaiana de 12 remadores que estavam voltando de barco da Reserva. Nos abraçamos, tiramos fotos, conversamos e já nos contaram que o Sebuí era maravilhoso. Ficamos ansiosos para o dia seguinte. O acampamento foi um estilo de confraternização. Compartilhamos comidas e bebidas... a janta foi massa com opções de dois tipos de molho. Um molho de atum e o outro molho era de calabresa ao creme de leite regado a vinho e nós com o nosso chocolate quente! Acampamento chique dos últimos!


Traumatizado pela trip de bike 13 anos trás nessa mesma região, eu me cobri até os olhos com roupa e para ajudar um mosqueteiro de cabeça para me proteger dos mosquitos porvinha! Eles são minúsculos, algumas vezes não é visto a olho nu. Praga total! Te picam e coça muito! Pelo menos em mim. Mas dessa vez, eu fiquei bem. Uma picada outra. Dormimos cedo, e dormimos muito bem às 7 horas de sono. Levantamos e fizemos nosso café. Mingau, ovos, pão... banquete. Eu fiquei com meu mingauzinho de chocolate feito pela Sil.

Então iniciamos a remada de 8km até a Reserva do Sebuí, que com a bela navegação da Denise, chegamos lá pelos estreitos canais de rio de mangue.

Um trapiche com escadinha lá no alto que com uma pequena escalada, se chegava no topo. Uma trilha feita a mão, que chegava num bosque onde havia a base da RPPN Reserva do Sebuí, onde o dono Enzo um senhor italiano nos recebeu e depois o guia Edson nos recebeu com um café quentinho na manhã chuvosa. Fomos caminhando rápido já que era só nós lá na reserva. Um lugar maravilhoso onde o pico da caminhada era a Cachoeira central onde tomamos banho em suas águas gélidas que curou a alma de todos nós. Ficamos uma meia hora nessa cachoeira e depois visitamos uma segunda cachu por uns 10 minutos. Ao todo ficamos 2 horas ali. Tivemos que apurar um pouquinho para aproveitar a maré enchente, onde nos ajudaria ir mais rápido na progressão dentro dos canais maiores.


Na vila Guapicu, demos nossa parada regeneradora, onde comemos 24 coxinhas de frango e 2 litros de refrigerante. Era o que tinha para servir rápido. Teria opção de peixe, mas achamos que iria demorar demais. Em seguida, entramos na travessia de 15km do canal da baía, onde tinha uma brisa, corrente forte e ondulações de 20 centímetros à meio metro.



Firmes e fortes chegamos a Ilha das Bananas, que não tinha bananas. Eram duas pequeninas ilhas, um com uma área de camping e outra infestada de aves grandes. Parecia um viveiro de tantas aves juntas. Comemos, e partimos para uma parte que teoricamente estaria protegida, mas que nada, ondas ainda maiores e vez em quando quebrando. Foi um pouco tenso, mas superamos e anoitecendo chegamos ao cais novamente. Fechando então mais 42km e com os dois dias o total foi de 100 quilômetros! Altas remadas, em altos lugares, e com amigos super divertidos!

Fomos recebidos pelo Sasá que nos deu todo suporte de entrada e saída do cais. Muito obrigado! Muito obrigado a todos principalmente ao Ricardo dos Pamonhas que dirigiu a trip junto com nosso amigo Jeferson do Santa Rita. Obrigado a todos os envolvidos e os que ajudaram! Obrigado Senhor por um mais esse final de semana lindo e maravilhoso!

E vamos lá!!

ESSA É A NOSSA VIDA! YEYEAH!




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